BEM VINDOS!

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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Escrita de nomes de animais com alfabeto móvel









Minha turminha de primeiro ano trabalhando nomes de animais do conto a formiga e a cigarra atraves do alfabeto móvel.Não são lindinhos?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A importância dos nomes próprios

Nomes próprios
Por que trabalhar com os nomes próprios?
As crianças que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas a partir de um trabalho intencional com os nomes próprios da classe.
Objetivos : Estas atividades permitem aos alunos as seguintes aprendizagens:
- Diferenciar letras e desenhos;
- Diferenciar letras e números;
- Diferenciar letras, umas das outras;
- A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;
- Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc;
- Orientação da escrita: da esquerda para a direita; - Que se escreve para resolver alguns problemas práticos;
- O nome das letras;
- Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);
- Habilidades grafo-motoras;
- Uma fonte de consulta para escrever outras palavras. O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, mesmo o aluno com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado.
As atividades com os nomes próprios devem ser seqüenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima. Uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não mero decifradores do sistema, não pode pensar em atividades para nível 1, nível 2, nível 3...
É preciso considerar: · Os conhecimentos prévios dos alunos. · O grau de habilidade no uso do sistema alfabético. · As características concretas do grupo. · As diferenças individuais. Conteúdos Leitura e escrita de nomes próprios
Materiais necessários - Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos - Etiquetas de cartolina de 10cm x 6cm (para os crachás) - Folhas de papel craft, cartolina ou sulfite.
A Organização da sala. Cada tipo de atividade exige uma determinada organização: - Atividades de identificação das situações de uso dos nomes: trabalho com a sala toda. - Identificação do próprio nome: individual. - Identificação de outros nomes: sala toda ou pequenos grupos. Desenvolvimento das atividades1. Selecione situações em que se faz necessário escrever e ler nomes.
Alguns exemplos: Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que os alunos distribuam tentando ler os nomes). Lista de chamada da classe. Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc. 2. Peça a leitura e interpretação de nomes escritos. 3. Prepare oralmente a escrita: discuta com as crianças, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação. Se for para identificar material do aluno, use etiquetas; para lista de chamada use papel sulfite ou papel craft. 4. Seja bem claro nas recomendações: explicite o que deverá ser escrito, onde fazê-lo e como, que tipo de letra usar, etc 5. Peça a escrita dos nomes: com e sem modelo.
Objetivos Ao final das atividades, o aluno deve: - Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc. - Identificar a escrita do próprio nome. - Escrever com e sem modelo o próprio nome. - Ampliar o repertório de conhecimento de letras. - Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma. - Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem da letras etc e interpretação de escritas. Identificação de situações onde se faz necessário escrever e ler nomes.
Aproveite todas as situações para problematizar a necessidade de escrever nomes. Situação 1- Recolhendo material. Questione os alunos como se pode fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas para os alunos e peça que cada um escreva seu nome na sua presença. Chame atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras, etc. Situação 2 - Construindo um crachá Questione os alunos como os professores podem fazer para saber o nome de todos os alunos nos primeiros dias de aula. Ajude-os a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua cartões com a escrita do nome de cada um que deverá ser copiado nos crachás. Priorize neste momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de reprodução pelo aluno). Solicite o uso do crachá diariamente. Situação 3 - Fazendo a chamada Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula? Observações: todas essas situações e outras têm como objetivo que os alunos recorram à escrita dos nomes como solução para problemas práticos do cotidiano. Identificação do próprio nome Dê para cada aluno um cartão com o nome do aluno. - Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Nesse tipo de escrita, é mais fácil para o aluno identificar os limites da letra, o que também deixa a grafia menos complicada. - Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e ser fixado em local visível. - Peça para cada um montar o próprio nome, usando letras móveis (que podem ser adquiridas ou confeccionadas). - Inicialmente realize esta atividade a partir de um modelo (crachá com o nome) e depois sem modelo, usando o modelo para conferir a escrita produzida. Identificação de outros nomes da classe Apresente uma lista com os nomes das crianças da classe. Cada aluno poderá receber uma lista impressa ou colocar na classe uma lista grande confeccionada em papel craft. Você poderá, também, usar as duas listas: as individuais e a coletiva. Atividade 1- Ditado Dite um nome da lista. Cada aluno deverá encontrá-lo na lista que tem em mãos e circulá-lo. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa. Peça aos alunos que confiram se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível a todos é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo. Atividade 2 - Fazendo a chamada Entregue a lista de chamada dos alunos da sala. Peça que as crianças digam os nomes dos alunos ausentes e que circulem esses nomes. Siga as mesmas orientações da atividade 1, no tocante às ajudas necessárias para a realização da tarefa. Atividade 3 - Separando nomes de meninas e meninos Apresente a lista da chamada da classe. Peça para os alunos separarem em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos. Observação: em todas estas atividades é importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. Este conhecimento: nomeação das letras do alfabeto é importante para ajudar o aluno a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral as crianças chegam à escola sabendo "dizer" o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado.
Avaliação É importante observar e registrar os avanços dos alunos na aquisição do próprio nome e no reconhecimento dos outros nomes. Tratando-se de uma informação social - a escrita dos nomes -, é preciso observar se os alunos fazem uso dessa informação para escrever outras palavras. A escrita dos nomes é uma informação social, porque é uma aprendizagem não escolar. Dependendo da classe social de origem do aluno, ele já entra na escola com este conhecimento: como se escreve o próprio nome e quais as situações sociais em que se usa a escrita do nome. Para alunos que não tiveram acesso a essa informação a escola deve cumprir esse papel. Sugerimos uma planilha de observação de nove colunas, contendo os seguintes campos: 1. Nome do aluno 2. Escreve sem modelo? 3. Usa grafias convencionais? 4. Utiliza a ordem das letras? 5. Conhece os nomes das letras? 6. Reconhece outros nomes da classe? 7. Escreve outros nomes sem modelo? 8. Utiliza as letras convencio-nais na escrita dos nomes? 9. Utiliza o conhecimento sobre os nomes para escrever outras palavras? Observação: A partir do registro na planilha acima é possível ter uma visão das necessidades de investimento com cada aluno e também das necessidades coletivas de trabalho com a classe. Atividades complementares - Pesquisa sobre a origem do nome (pesquisa com os familiares) - Análise de fotos antigas e atuais da criança. - Montagem de uma linha do tempo do aluno a partir das fotos trazidas.

Quer saber mais?
Bibliografia Tolchinsky, Liliana . 1998 . Aprendizagem da Linguagem escrita. Editora Ática. Teberosky, Ana. 1994. Aprendendo e escrever. Editora Ática. 1990. Psicopedagogia da Linguagem escrita. Editora Unicamp 1990. Reflexões sobre o ensino da leitura e da escrita.Editora Unicamp. Ferreiro, E & Teberosky A. 1984. Psicogênese da língua escrita. Artes Médicas. Curto, L&Morilllo, M&Teixidó, M -Escrever e ler - volumes 1 e 2. Artes Médicas.
Fonte:revista nova escola

Festa junina lll






quarta-feira, 25 de junho de 2008

Festa junina ll









Sujeito em construção

Um sujeito intelectualmente ativo não é um sujeito que ‘faz muitas coisas’, nem um sujeito que tem uma atividade observável. Um sujeito ativo é um sujeito que compara, exclui, ordena, categoriza, reformula, comprova, formula hipóteses, reorganiza etc., em ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu nível de desenvolvimento). Um sujeito que está realizando algo materialmente, porém, segundo as instruções ou o modelo para ser copiado, dado por outro, não é, habitualmente, um sujeito intelectualmente ativo.
(FERREIRO E TEBEROSKY, 1985, p.29).

Construção da escrita

O processo de construção da escrita

Na fase 1, início dessa construção, as tentativas das crianças dão-se no sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no cotidiano. O que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um "lê" em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Nesta fase, a criança elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto ou ser a que está se referindo.

Na fase 2, a hipótese central é de que para ler coisas diferentes é preciso usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas formas de letras que é capaz de reproduzir.Nesta fase, ao tentar escrever, a criança respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas, (não podem ser repetidas).

Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida.A criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na fase 4 ocorre, então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O conflito que se estabeleceu - entre uma exigência interna da própria criança ( o número mínimo de grafias ) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com que ela procure soluções.Ela, então, começa a perceber que escrever é representar progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça corretamente.

Na fase 5, finalmente, é atingido o estágio da escrita alfabética, pela compreensão de que a cada um dos caracteres da escrita corresponde valores menores que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois movimentos para ser pronunciada, necessitará mais do que duas letras para ser escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses elementos simples, formar a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas sobre as quais não se tenham exercitado.

Fonte:http://www.centrorefeducacional.com.br

Festa Junina









Hipóteses de Leitura

Contribuições à Pratica Pedagógica
(Texto elaborado pela Equipe Letra e Vida-CENP)

Hipóteses de Leitura

Hoje é possível saber que, assim como as hipóteses sobre como se escreve são contribuições originais das crianças, a distinção entre o que está escrito e o que se pode ler também resulta de uma elaboração do aprendiz. Isso não significa que as informações recebidas tanto dentro como fora da escola deixem de ter um papel nesta construção, e sim que a compreensão de que se escreve cada seguimento do que se fala, por exemplo, não é passível de transmissão direta nem é, como se pensava, evidente por si mesma.
Mas o que, de fato, saber sobre a distinção entre o que está escrito e que se pode ler elaborada pelo aprendiz contribui para a prática pedagógica?As informações sobre as “ hipóteses de leitura” indicam que:

1- As idéias dos alunos sobre o que está escrito e o que se pode ler evoluem de acordo com as oportunidade de contato com a escrita; portanto, promover variadas situações de leitura- em que os alunos participem de forma ativa, ou testemunhem atos de leitura e escrita como parte interessada- favorece a conquista da correspondência exaustiva entre os seguimentos do enunciado oral e os seguimentos gráficos.
2- Ler em voz alta uma oração ou um texto marcado oralmente de forma artificial as fronteiras de cada um dos seguimentos escritos, ou solicitar que os alunos pintem os espaços entre as palavras (como se eles tivessem dificuldades para perceber o “vazio” que separa graficamente as palavras) não garante sua compreensão de que tudo o que foi dito deve estar escrito, e escrito na mesma ordem emitida. As informações fornecidas pelo professor são processadas pelo aprendiz de acordo com suas próprias concepções. Em outras palavras: os alfabetizandos não possuem problemas de percepção quando não compreendem esse fato tão óbvio ao olhar alfabetizado - o de que tudo o que se diz deve estar escrito na mesma ordem da emissão. Mas a conceitualizaçã o que possuem ainda não dá conta da questão, e avançarão na medida em que tiverem oportunidade de participar em situações de aprendizagem que demandem refletir sobre o que deve estar escrito em cada “ pedaço” dos textos.
3- Oferecer textos que os alunos conhecem de cor ( parlendas, poesias, canções, quadrinhas etc) e solicitar que acompanhem a leitura indicando com o dedo costuma ser uma boa situação para que possam reorganizar suas idéias sobre o que está escrito e o que se pode ler. Solicitar que localizem neses textos determinados substantivos, adjetivos, verbos e até “partes pequenas” – artigos, preposições etc- pode ser uma boa intervenção por parte do professor. Por exemplo, ao realizar uma atividade de leitura de uma quadrinha ou canção que as crianças sabem de cor, é interessante que, enquanto elas vão dando conta de localizar as palavras que acreditam estarem escritas, o professor vá propondo a localização de outras mais “difíceis”. Obseve a quadrinha abaixo:
PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU
Além de pedir para localizar “pirulito” e de perguntar com que letra começa ou termina, é possível propor inúmeras questões para os alunos pensarem. Pode-se notar que há inúmeras palavras repetidas. Para crianças que ainda não avançaram muito em direção á idéia de que tudo o que se lê precisa estar escrito, isso soa absurdo. Mas, como as dificuldades são de ordem conceitual, e não perceptual, salta-lhes aos olhos que existem vários “pedaços” idênticos. Mais precisamente cinco pares. Quatro se repetem na mesma posição, no verso seguinte e um (Bate) no mesmo verso. Apoiar o esforço dos alunos para descobrir o que está escrito em cada par e em cada um dos outros pedaços é a tarefa do professor. Lançando uma questão de cada vez, analisando as respostas para formular a seguinte e, dialogando, ir avançando com eles.
4- O trabalho com listas ( de animais, brincadeiras preferidas, ajudantes da semana etc) também é adequado na fase inicial da alfabetização, pois além de ser um tipo de texto que vê de encontro à idéia das crianças de que só os nomes estão escritos, permite que elas, diante de uma situação de leitura de lista, antecipem o significado de cada item, guiadas pelo contexto((animais, brincadeiras etc) e, na situação de escrita de lista, concentrem na palavra e reflexão sobre quais letras usar, quantas usar, em que ordem usar.
5- Iniciar a alfabetização pelas vogais e palavras como “ ovo, uva, pé, em lugar de facilitar, pode acabar dificultando a aprendizagem dos alunos. Essa escolha didática desconsidera que, no início de seu processo, os alfabetizandos acreditam que palavras com poucas letras não podem ser lidas. Portanto, centrar a fase inicial da alfabetização em atividades com esse tipo de palavras- tidas como fáceis- significa caminhar na contramão das idéias dos aprendizes.
6- O conhecimento das “hipóteses de leitura” n ao deve se transformar em um recurso para categorizar os alunos, mas sim estar a serviço de um planejamento de atividade que considere as representações dos alunos e atenda suas necessidades de aprendizagem.
7- É preciso cuidado para não confundir hipóteses de leitura com estratégias de leitura: são coisas diferentes. As idéias que as crianças têm a respeito do que está escrito e do que se pode ler, isto é, as hipóteses de leitura, são de natureza conceitual. Já as estratégias de leitura- antecipação, inferência, decodificação e verificação- são recursos que os leitores- todos, tanto os iniciantes como os competentes- usam para produzir sentido enquanto lêem um texto. São estratégias de natureza procedimental, o que significa que são constituídas e desenvolvidas em situações de uso.
8- É fundamental desfazer um equívoco generalizado. Muitos professores pensam que as conhecidas hipóteses de escrita- pré-silábica, silábica, alfabética- são também hipóteses de leitura. Não há fundamento para dizer que um aluno é, por exemplo, sil´bico na leitura. É importante que os professores compreendam que, quando um aluno escreve IOA e, solicitado a ler, aponta I ( para PI), O ( para PO), A ( para CA), ele está explicando o que pensou enquanto escrevia. Está explicando sua hipótese de escrita. Está justificando sua escrita. O que poderíamos chamar de hipóteses de leitura são as soluções que o aluno produz quando solicitado a interpretar um texto escrito por outra pessoa, como é possível observar no programa O que está escrito e o que se pode ler.

Fonte: O mundo da alfabetização

terça-feira, 24 de junho de 2008


Aprender

Eu aprendo a todo momento, em especial com meus alunos. Aprendo mais com eles do que poderia aprender em qualquer livro ou cadeira de uma faculdade.

Aprendi a ouvir e a me calar diante do que eles tinham a me dizer.Aprendi a respeitá-los
e a respeitar meus próprios limites.

Em meu contato diário com meus alunos aprendi a aprender.







DIGNIDADE

“A Dignidade exige que sejamos nós mesmos.
Mas a Dignidade não é somente que sejamos nós mesmos.
Para que haja Dignidade é necessário o outro.
E o outro só é outro na relação conosco.
A Dignidade é então um olhar.
Um olhar a nós mesmos que também se dirige ao outro olhando-se e olhando-nos.
A Dignidade é então reconhecimento e respeito.
Reconhecimento do que somos e respeito a isto que somos, sim, mas também reconhecimento do que é o outro e respeito ao que ele é.
A Dignidade então é ponte e olhar e reconhecimento e respeito.
Então a Dignidade é o amanhã .
Mas o amanhã não pode ser se não é para todos, para os que somos nós e para os que são outros.
A Dignidade é então uma casa que nos inclui e inclui o outro.
A Dignidade é então uma casa de um só andar, onde nós e o outro temos nosso próprio lugar, isto e não outra coisa é a vida, e a própria casa.
Então a Dignidade deveria ser o mundo, um mundo que tenha lugar para muitos mundos.
A Dignidade então ainda não é .
Então a Dignidade está por ser.
A Dignidade então é lutar para que a Dignidade seja finalmente o mundo.
Um mundo onde haja lugar para todos os mundos.
Então a Dignidade é e está por construir.
É um caminho a percorrer.
A Dignidade é o amanhã ”.

sub-comandante Marcos (2001), poéticas e militantes, palavras estimulantes para as nossas buscas cotidianas, pessoais e coletivas.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Para Alfabetizar com sentido


Para Alfabetizar - Crédito Blog ABC da Prô Erika

OBJETIVOS:Analisar os diversos usos da escrita na vida cotidiana,Descobrir que letras e números são diferentes,Comparar a grande variedade de tipos de letras existentes (cursiva e de imprensa, maiúsculas e minúsculas, etc),Descobrir que mesmo sem saber ler já se sabe alguma coisa de útil sobre a leitura,Provocar o desejo de saber mais.Antes de ensinar a decodificar letras e sons mostrar aos alunos o que se ganha com a leitura por meio de atividades de compreensão de leitura, para que a mesma faça sentido e lhe permita perceber os vários usos sociais da escrita.

NA ESCOLA:· Passear pela escola, com o desafio de adivinhar o que está escrito: nome da escola, na fachada; o número do prédio; cartazes; placas das portas; avisos; números, dentre outros.· Deixar a turma pensar o que está escrito em diferentes suportes de texto.· Propor problemas para alunos que não se manifestam:· O que será que está escrito na frente do ônibus, em uma lata de óleo, etc.Pedir que os alunos tragam de casa: rótulos de vários produtos (alimentos, higiene, produtos de limpeza e remédio)Buscar com os alunos:· Placas de ruas e praças,· Letreiros de ônibus e de lojas,· Placas de veículos (letras e números),· Rótulos de produtos diversos,· Frases de pára-choque de caminhão,· Cartazes e folhetos de publicidade,· Embalagens,· Latas,· Jornais velhos,· Revistas velhasColocar o material que os alunos trouxerem à vista de todos. Olhar e comparar o que trouxeram.Questionar:Alguém conhece este rótulo, ou produto?O que será que está escrito aqui?Ler para a turma e deixar que troquem os materiais.

FORA DA ESCOLA: Observar coisas escrita fora da escola. No outro dia cada um falará sobre o que viu, letras ou números.A professora pergunta:· Onde estavam escritos?· O que será que estava escrito?Outras atividades para explorar os diferentes tipos de textos:Um envelope endereçado e a carta que ele contém:é pessoal ou comercial?O que pode estar escrito em uma carta?Livros variados,Contas variadasDinheiroDocumentosCalendários,Listas de telefones úteisCatálogos de telefoneQuando apresentar analisar:· São escritos à mão ou à maquina,· Que tipos de letras aparecem?· São entremeados com figuras, fotos ou ilustrações? Ou não?· Tem números e letras, ou só letras?· Identificar o que é letra e o que é número.· Há números e letras iguais?· Tem palavras iguais?· Tem algo repetido?

ATIVIDADES COM O NOMEEscreva os nomes dos alunos e as pregue na parede na ordem alfabética.Compare com os alunos:· Quantidade de letras dos nomes, qual tem mais, qual tem menos?· Há nomes com poucas e muitas letras,· Há nomes que começam, ou acabam com a mesma letra,· Os nomes maiores nem sempre são das pessoas mais altas. O nome das pessoas não tem a ver com o tamanho do seu nome,· Os nomes podem ser iguais,· Podem ter o mesmo número de letras.

HORA DA LEITURALer em voz alta para os alunos todos os dias.Leituras de:Anedota, Adivinhação, Material de propaganda, Anúncios variadosReceitas simples e econômicas:suco de limão, sopa,macarrão, receitas da escola.Convidar a merendeira para ditar a receita, o professor escreve no quadro para os alunos verem.Histórias:Notícias de jornal, de preferência de interesse da turma e que tenha sido divulgada no rádio ou na televisão, jogo de futebol, chuva que caiu na cidade, aumento dos preços de comida, eleições.As histórias não devem ser apresentadas para dar lições de moral, nem para transmitir conteúdos.Leia algo que você mesmo goste.Não mude a pronúncia e atente para a pontuação.Mude o tom de voz para os personagens, para realçar passagens importantes do texto e as emoções que aparecem.Não altere as palavras.Dê explicações que forem necessárias, mas evite interromper freqüentemente a leitura.Não leia por muito tempo.Explore:· as ilustrações.· As informações contidas na capa e na contracapa (título, autor, etc)· Numeração das páginas,· Direção da escrita.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Minha turma...






Direitos imprescritíveis do leitor

Em matéria de leitura,nós, os leitores,nos concedemos todos os direitos,a começar pelos que recusamos a essa gente jovem que pretendemos iniciar na leitura:
1.O direito de não ler.
2.O direito de pular páginas.
3.O direito de não terminar um livro.
4.O direito de reler.
5.O direito de ler qualquer coisa.
6.O direito do bovarismo.
7.O direito de ler em qualquer lugar.
8.O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9.O direito de ler em voz alta.
10.O direito de calar.(...)
Porque,se quisermos que um filho ou filha ou que os jovens leiam,é urgente lhes conceder os direitos que proporcionamos a nós mesmos.
Daniel Pennac